BLOG PARA A DIVULGAÇÃO DE FOTOS, TEXTOS E LINKS SOBRE
CULTURA, JORNALISMO, POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS
______________________________________________________Este texto foi copiado do blog oficial do professor Theotonio dos Santos que, pode e deve, ser acessado
com o link abaixo:
-
http://theotoniodossantos.blogspot.com/
-
Theotonio dos Santos
-
Meu caro Fernando,
-
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula,
em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978
contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo
com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos
nos
de uma experiência política que reflete comtudo este debate teórico. Esta
carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica
e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você
saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com
96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se
criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo
vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável
caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas
teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e
contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores
têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo
meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas,
Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).
Nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu
governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.
O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do
fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito
alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você...
Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que
acabou com a inflação. Os dados mostram que até
vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações
superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário.
No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo,
próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS
INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e
seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam
neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa
moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em
1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998,
quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu
ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”,
indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os
capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O
fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando
até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois
esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE
SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?
Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial
que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou
sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda
drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve
acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser
altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente
com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal.
Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões
de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o
governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de
saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais
sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.
E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos”
das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa
fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo.
Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em
seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a
juros nominais de
colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits
comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a
exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir
o déficit que gerava.
Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade
fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada
brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta
política agravou dráticamente neste pais da maior concentração de renda no
mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque
nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu
governo...te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida
externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo
Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil
tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você
teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição uns 20
bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE
DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.
Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar
esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a
espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em
dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça
de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua
política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses
norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas
exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos
seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado
apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno
colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos
enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de
empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda
inviabiliza a competitividade de qualquer empresa.
Enfim, UM FRACASSO ECONÔMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices
de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem
dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o
caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um
torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês,
do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este
país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso
fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido
Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só
museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500
anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou
uma só universidade e entou em choque com a maioria dos professores
universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional.
Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um
medíocre presidente.
Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar
sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente
esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão
fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que
São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês
tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças
internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao
PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história
com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete
aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro
fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.
Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha
amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e
tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil.
Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente
em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a
freqüentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível mas com amor à verdade, me despeço
(*) Theotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal
Fluminense, Presidente da Cátedra da UNESCO e da Universidade das Nações
Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor
visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
_____________________________________________________
COBERTURAS FOTOGRÁFICAS
Congressos, convenções,
Seminários, casamentos,
aniversários etc....
Para contratar serviços ligue para
(21) 2405-0368 - (21) 92976491 -
ou mande mensagem
através do e-mail:
jorgenunes2005@gmail.com
http://photoeducacao.blogspot.com/
GALERIA DE FOTOS
Por: José Reinaldo Marques
|
O repórter-fotográfico Jorge Nunes vive um momento especial em seus 40 anos de carreira: prepara-se para lançar o site da Agência Prisma de Fotojornalismo, que criou há 13 anos.
Jorge estreou na fotografia aos 16 anos, quando era office-boy da Rio Gráfica Editora e queria conseguir outro trabalho:
— Precisava complementar meu salário, perguntaram o que eu queria fazer e escolhi a fotografia, mas não tinha noção do que poderia acontecer.
Com uma Rolleyflex, Jorge deu seus primeiros cliques profissionais:
— Foi para as revistas da Rio Gráfica Garotas e Destino, que à época se dedicavam às fotonovelas, mas publicavam também contos e algumas matérias.
De lá, Jorge foi sucessivamente para a Manchete, a Editora Vecchi e os jornais Tribuna da Imprensa e O Dia. Com o golpe militar, abandonou temporariamente o trabalho em redação:
— Era duro ser pautado para uma cobertura, chegar ao local e acabar sendo impedido de registrar o assunto por intervenção de agentes do regime ditatorial. Isso me incomodava tanto que eu resolvi trabalhar em estúdio, fazendo fotografia comercial. Só retomei o fotojornalismo em 86, convidado pelo Alcyr Cavalcanti para voltar à Tribuna.
No ano seguinte, Jorge retornou também ao Dia, até ser afastado em 94, acusado de promover agitação devido às atividades sindicais, e tornar-se freelancer.
Para ele, o padrão de qualidade dos repórteres-fotográficos brasileiros é um dos melhores do mundo, “com profissionais históricos como Nicolau Drey, Juvenil de Souza, Indalécio Vanderley, Walter Firmo, Evandro Teixeira e Sebastião Salgado”.
— Nosso fotojornalismo é de vanguarda, apesar do difícil acesso à tecnologia que já tivemos que enfrentar. Houve um tempo em que era impensável o aproveitamento de muitas fotos que hoje são consideradas obras-primas. O profissional tinha que dominar o processo de produção em todas as suas etapas. A menor abertura de diafragma tinha que ser 8 e a menor velocidade, 125; os filmes eram de baixa sensibilidade e os fotógrafos precisavam usar tripé e muita luz, cuja intensidade era medida com o velho fotômetro Weston Master II.
Ex-diretor da ABI e do Sindicato dos Jornalistas, Jorge destaca também colegas especialistas na operação de filmes coloridos, como Fernando Seixas, Gervásio Batista, Sebastião Barbosa, Antônio Rudge, Nilton Ricardo, Luiz Garrido, Fernando Abrunhosa, Adir Mera, Hugo de Góes, Klaus Meyer, Jader Neves, Gil Pinheiro e muitos outros da Manchete e de O Cruzeiro:
— Havia também o Joel Maia e o velho Veneziano, da Abril no Rio. Tínhamos o privilégio de trabalhar sem temer o desemprego. As demissões eram raras. Geralmente, só se deixava uma empresa a convite de outra.
Post_________________ado por jorge nunes às
Igreja Universal X Folha: Justiça extingue mais 5 ações
A Justiça extinguiu mais cinco ações movidas por seguidores da Igreja Universal do Reino de Deus contra a Folha e a jornalista Elvira Lobato, autora da reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, publicada em dezembro.
Já foram ajuizadas 101 ações de indenização por danos morais e proferidas 57 sentenças, todas favoráveis ao jornal.
A juíza Cristiane da Silva Brandão Lima, do Juizado Especial Cível de Niterói (RJ), extinguiu ação movida por Rosa Maria Soares, homologando decisão da juíza leiga Gisella Maria Quesma Leitão.
O juiz Paulo Pereira da Silva Evangelista, da comarca de Santarém (PA), extinguiu ação movida pelo pastor Jorge Luís de Brito Cabral, condenando-o a pagar as custas processuais e multando-o por litigância de má-fé [abuso do direito de recorrer à Justiça]. Em Recife, foi extinta ação movida por Ivanildo Julião da Silva contra a Folha e a Rede Globo de Televisão. Silva foi condenado ao pagamento das custas processuais.
Na comarca de Pedro Canário (ES), o juiz Deodato Vital dos Anjos extinguiu ação movida por Paulo Valério Coelho de Lima por não considerá-lo parte legítima para pedir a indenização por danos morais. O juiz Carlos Barbosa Dias, de Parnaíba (PI), julgou extinta ação movida por Leandro Pereira da Silva. As informações são da própria Folha de S.Paulo.
Presidente Lula é aprovado por todos os segmentos sociais.
Da Folha de São Paulo:
Avaliação positiva do presidente passa de 50% até entre os mais ricos e escolarizados
Pesquisa Datafolha mostra que 64% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom, recorde depois da redemocratização.
Embalado por fortes resultados na economia e por grande exposição nacional na atual campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrou o seu próprio recorde de avaliação positiva.
Lula também acaba de obter, pela primeira vez, a aprovação da maioria absoluta da população brasileira em todos os segmentos sociais, econômicos e geográficos do país.
Segundo pesquisa Datafolha finalizada ontem, 64% da população brasileira considera o governo Lula ótimo ou bom. O recorde anterior já colocava Lula na frente de todos os presidentes eleitos após a redemocratização -55% de aprovação registrados em março passado.
O levantamento revela também que a popularidade de Lula acaba de vencer a resistência de segmentos socioeconômicos específicos que mantinham, entre eles, o índice de aprovação abaixo de 50%.
________________________________
“Com os índices de popularidade registrados pelo Datafolha, os analistas reconhecem que, agora sim, Lula, se quiser, elege um poste” – Jorge Moreno, jornalista – O Globo, 13-09-2008.
“Mas (os analistas) alertam: se a popularidade do presidente continuar ascendente ou se estabilizar um pouco acima da de agora, aí sim ele, paradoxalmente, não elegerá ninguém. E por um motivo óbvio. O povo não o deixará sair do cargo de presidente” – Jorge Moreno, jornalista – O Globo, 13-09-2008.
Depoimento da jornalista cubana Maribel Acosta Damas, em mensagem à jornalista Miriam Gontijo
www.piratininga.org.br/
NPC produziu nova AGENDA 2009 sobre as lutas dos trabalhadores
O NPC elaborou a AGENDA 2009 que estará pronta no mês de novembro. Este ano está cheia de novidades. Vejamos:
1) O tema da Agenda 2009 é As Lutas dos Trabalhadores Brasileiros no Século XX.
São notícias sobre greves, conquistas, vitórias e também derrotas, prisões e mortes. Fala-se de reivindicações, de formas de lutas variadas, da imprensa e das muitas formas de organização criadas pela classe trabalhadora ao longo do seu primeiro século de existência.
São umas mil notícias curtas, espalhadas nos respectivos dias em que aconteceram, que dão uma idéia dessa história rica, dura e gloriosa e que muitas vezes não é conhecida.
O objetivo é duplo: fornecer informações, mesmo que telegráficas, sobre a NOSSA HISTÓRIA e estimular o gosto pelo estudo sistemático dessa epopéia que é encoberta pela classe dominante.
2) A grande novidade deste ano é que será TOTALMENTE PERSONALIZADA, ou seja cada Sindicato poderá incluir suas lutas, suas datas especiais, suas comemorações, distribuídas nos vários dias do mês. É só substituir até 5 notícias padrão a cada mês por outras de escolha do sindicato.
Além disso, as capas e contracapas serão produzidas por cada sindicato.
E mais, cada Sindicato tem a sua disposição 6 páginas no começo e 6 no fim da Agenda para colocar o que quiser: mensagens, informações, endereços úteis, etc..
Só um detalhe, para ser personalizada é necessário encomendar no mínimo 2000. exemplares. Quem quiser menos do que isso poderá adquirir a agenda padrão do NPC.
3)
Ditaduras nunca mais!! Viva El Chile!! Bolívia vive!!
Nesta quinta, 11 de setembro, celebram-se os 35 anos do golpe militar que derrubou e matou, em 1973, o presidente Salvador Allende, eleito democraticamente pelo povo. Devemos, sugiro, refletir sobre o que ocorre, hoje, en nuestra America del Sur - os avanços que conquistamos, os desafios já superados e a intensa luta de classes que se trava, neste momento, em especial, na Bolívia, onde a elite branca que sempre dirigiu e arruinou o país não aceita, assim como a chilena de 35 anos atrás, um presidente popular, saído do meio do povo, líder indígena, também ele eleito pela ampla maioria do povo, como recentemente confirmou referendo popular.
Levantemos nossas vozes, nossos pulsos para que a Bolívia de hoje não se torne o Chile de 11 de setembro de 1973.
Ditaduras nunca mais!! Viva El Chile!! Bolívia vive!!
Nilo Sergio Gomes
________________________________
Declaração dos cubanos que fazem parte do movimento CUBANOS POR CUBA
O povo de Cuba está resisitindo, neste período, à passagem de mais um furacão : o Ike.
Com uma força devastadora e penetrações do mar com ondas de mais de cinco metros de altura, esta
catástrofe cai sobre uma população que, dias antes, havia perdido, na província de Pinar del Río e na Ilha da Juventude, mais de 100 mil moradias, 370 escolas e
A este quadro desolador se adicionam 720 postos telefônicos inutilizados com mais de
Com uma trajetória marcada, em toda a extensão da Ilha, principalmente por ventos com velocidade de mais de
Na oportunidade, o movimento CUBANOS POR CUBA envia ao governo dos Estados Unidos as seguintes solicitações :
1- Que a administração norte-americana retire imediatamente, e sem impor condições, as restrições sobre as viagens de cubanos residentes nos EUA e o envio de remessas à Ilha, como meio indispensável às milhares de famílias que perderam tudo de receberem ajuda direta e sem limitações de seus familiares emigrados;
2- Que os EUA eliminem, de modo permanente, as restrições que impedem as companhias norte-americanas de oferecerem créditos a Cuba para compra de alimentos no mercado estadunidense. Esta medida aliviaria, sem demora, a grave falta de alimentos básicos provocada pelo desastre das inundações e das colheitas arruinadas;
3- Que os EUA se unam aos esforços de países como China, Venezuela, Rússia, Espanha e outros que estão doando ajuda humanitária a Cuba, por meio do Governo da Ilha e não mediante grupos e Organizações Não Governamentais (ONGs) que carecem de apoio e respeito popular, assim como de toda capacidade convocatória e de mobilização, uma vez que a administração cubana tem desenvolvido com maestria, organização, serenidade e espírito humanitário a evacuação de cerca de um milhão de pessoas, minimizando perdas de vidas e os acidentes fatais em um contexto de um perigoso estado de emergência total, que se alastrou na zona do Caribe.
CUBANOS POR CUBA critica duramente a atitude fratricida dos meios de comunicação da emigração cubana que, financiados por recursos estadunidenses, neste momento de dor para todos os cubanos não
se pronunciaram, de forma clara e categórica, contra as restrições impostas aos emigrados cubanos residentes nos EUA e contra o bloqueio.
Neste momento de destruição nacional pelas forças da natureza, os efeitos do bloqueio se mostram especialmente criminosos !
Cubanos por Cuba, Estocolmo a 8 de septiembre de 2008, día de
Adhesiones:
Sociedad Cultural Marti-Maceo de
Cuban@s Residentes en Gran Bretaña,
Pedro Perez Sarduy, Presidente
Association Racines Cubaines, Raíces Cubanas, Francia
Pablo Luis González Justo, Presidente
Asociación de Cubanos Residentes en Ucrania
,
Manuel Humberto López Rodríguez, Miembro del Consejo coordinador
Association Culturelle Yoruba de Cuba en France
Johnny Aldama, Presidente
Asociación de Cubanos residentes en Paraná. Brasil,
Teresita Campos Avella, Presidenta
Association Habana Club, Francia
Felina Bernard, Presidenta
Collectif ODA (Collectif d'Artistes au dela de l'Art)
Cecilia Comesañas, Presidenta
Coordinadora de Cubanos Residentes en Francia
Portavoz, Virgilio Ponce
Asociación Cultural Máximo Gómez de Cubanos Residentes en República Dominicana
Husmell Díaz, presidente de las Asociaciones de Cubanos en Rep. Dominicana.
Asociación Nacional de Cubanos Residentes en Brasil "José Martí"
(ANCREB-JM)
Magdalena Torbisco Dacosta, Presidenta
Asociación de Cubanos en Valencia " CAGUAÍRAN", España,
Héctor Daniel Alvariño, Presidente.
France-Cuba 54 y Cubanos de Francia Cuba Nacional
(Lorraine)
Ana K. Martinez, Coordinadora
Asociación Yoruba ASETOLUWUAOLOFÍ de Suecia
,
Jesús Cuervo Marín, Vice-Presidente
Organizacion de Cubanos de Puerto Plata
,
República Dominicana Odalys Marrero Acosta, Presidenta
Cubanos en Bélgica ,
Carlos Calvo Rivas, responsable, Amberes
Quando o extraordinário se transforma em cotidiano, isto é revolução !
Che Guevara
__________________________
CARLOS MINC – 100 DIAS NO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
Caros amigos, companheiras, ambientalistas
Eu não pedi para ser ministro, não queria e ainda coloquei condições para aceitar. Conhecia o tamanho do desafio, o que a ministra Marina Silva havia penado (sempre com o meu apoio, nas horas mais difíceis). Aqui vai um balanço e uma resposta às questões que foram deformadas por uma parte da mídia. É uma prestação de contas, sobretudo para aqueles que conhecem minha história e sabem que não permitirei que o Pantanal se transforme num canavial, que não pedirei adiamento das normas para redução do teor de enxofre no diesel, que não aceitarei que a floresta nativa da Amazônia se converta em plantação de exóticas. Neste período o presidente Lula assinou 10 decretos que preparamos, como o Fundo Amazônia, o decreto que regulamenta e reprime crimes ambientais, o Fundo Clima, 3 grandes unidades de conservação na Amazônia, o preço mínimo para os produtos extrativistas; assinei outras 3 portarias: a que agiliza o acesso de cientistas à biodiversidade, com co-responsabilidade, a que abre a Câmara de Compensação Ambiental (com direito a voto) às ONGs, universidades, Anama, Abema e empresários, e atos que incentivam a criação de RPPNs; assinamos 5 acordos públicos com setores produtivos e ONGs, como a Moratória da Soja e o Pacto pela madeira Legal e Sustentável; mas a crítica a mim dirigida não se baseia nestes 18 atos reais e publicados, mas sim em extratos de declarações na mídia, especulações, TODOS desmentidos, que não se sustentam em fatos.
Nestes 100 dias estivemos em ações diretas na Amazônia, combatendo o desmatamento e as queimadas, em ações no Nordeste, defendendo o bioma Caatinga e destruindo 300 fornos ilegais de carvão (em Pernambuco), em reuniões com os 9 governadores da Amazônia (em Belém) onde conseguimos reverter a pressão e manter a resolução do Banco Central que corta o crédito aos proprietários que estejam na ilegalidade fundiária ou ambiental. Apreendemos e leiloamos gado ilegal em unidades de conservação na Amazônia. Obtivemos reduções substanciais nas taxas de desmatamento em 3 meses, com um resultado expressivo em julho, de queda de 60%. Estes números são instáveis e precários, apesar do imenso esforço, pois a pressão é enorme, agravado pelas eleições; o ritmo das ações do Arco Verde e de criação de empregos sustentáveis (que depende de 8 ministérios) é muito lenta; o Ibama fecha uma serraria ilegal em uma hora, mas o governo não cria 50 empregos sustentáveis neste tempo, e o desempregado vai desmatar
____________________________